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Confessando Minha Estupidez

Escrito por
Yuri Cunha
Yuri Cunha
Publicado em
26 de ago. de 2023
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Confessando Minha Estupidez

Confessando Minha Estupidez

Tá na hora de abrir o jogo. Essa confissão vem se acumulando há um tempo, e agora que sou um adulto de verdade, equilibrando trabalho e contas, não tem como evitar.

Então, lá vai: não sou exatamente um gênio.

Tudo começou com uma amiga que admitiu ter adiado a aceitação de seu verdadeiro eu, e isso me fez refletir. Esse sentimento vem me acompanhando desde criança. Todo mundo ao meu redor estava se dedicando aos estudos, e sim, eu tive sorte e pude fazer o mesmo. Mas sempre houve essa lacuna que se tornou mais evidente à medida que crescemos.

Estou cercado por pessoas incríveis — indivíduos inteligentes e perspicazes. Pessoas que têm algo a dizer. Pessoas que se aprofundaram nos livros e adquiriram conhecimentos especializados. Pessoas que entendem suas áreas e conseguem fazer conexões. Pessoas que não se contentam com o superficial, mas realmente dominam uma situação ou assunto. E então elas dedicam tempo para explicar para mim. Adoro quando meus amigos conversam sobre eventos mundiais e fazem conexões. A empolgação deles é contagiante, e eu gosto de ouvi-los. Aprecio aqueles que escrevem ou produzem vídeos sobre o que conhecem, para que eu possa, sem vergonha, tentar aprender uma ou outra coisa.

Mas agora, vamos ser sinceros: meu cérebro está realmente falho. Não rolam ideias revolucionárias ou pensamentos originais lá em cima.

Quer saber de uma coisa engraçada? Eu tenho assinatura de um jornal focado em finanças e política, tudo numa tentativa de entender melhor a realidade como meus amigos. Eu queria participar da conversa, contribuir com algo. Adivinha o que aconteceu? Estou completamente perdido quando se trata de inflação, ações ou geopolitica. Mas não me entenda mal, não vou parar de ler. Afinal, sou um entusiasta da leitura.

Meu cérebro parece desistir quando o assunto é entender. Posso ler, mas é como se o conhecimento não se fixasse; posso ouvir, mas a visão mais ampla não se encaixa. Opiniões? Não. Conclusões? Não são meu forte. Cabeça? Basicamente vazia.

Enquanto uma música de elevador toca ao fundo, meu cérebro leva seu dono (também conhecido como "saco de carne") para dar uma volta. Estou abraçando meu lado tolo e dizendo adeus àquela atitude de fingir ser alguém que não sou. Chega de tentar parecer um espertinho. Chega de me estressar por precisar ser mais do que sou. Porque, honestamente, é mais importante saber meus limites do que lutar desajeitadamente contra mim mesmo. Não é que eu esteja desistindo de compreender; é mais como se eu estivesse reconhecendo minhas barreiras. Estou farto de me causar dor de cabeça por causa do meu processo de pensamento (ou a falta dele, na maioria das vezes).

Não sou um cérebro de elite, e quem sabe, talvez nunca seja. E tudo bem. A vida é divertida, cheia de coisas esperando para serem exploradas. Gosto de observar as abelhas zumbindo ao redor das flores e me divirto vendo as pessoas vivendo suas vidas. Se sou o tolo do cotidiano, pelo menos estou tentando ser um tolo gentil.

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Última atualização: 26 de ago. de 2023