Ir para o conteúdo principal

Navegando pelas contradições da vida

Escrito por
Yuri Cunha
Yuri Cunha
Publicado em
8 de mai. de 2024
Visualizações
--
Comentários
--
Navegando pelas contradições da vida

No emaranhado de pensamentos e emoções que compõem minha existência, me vejo enredado em uma teia de contradições. Não é poético; é real, cru e, às vezes, bagunçado. Aqui está a verdade sobre viver como um paradoxo:

Sou atraído pela felicidade, claro, mas não consigo me livrar do peso dos pensamentos tristes que frequentemente turvam minha mente. É como se houvesse uma luta constante entre os dois, e eu ficasse preso no meio.

Nem sempre sou meu maior admirador. Vejo minhas falhas e limitações com mais clareza do que qualquer outra pessoa. Mas, em meio a toda essa dúvida, há um respeito relutante pela pessoa que me tornei, com todas as cicatrizes.

Quando digo "não ligo", não é porque sou indiferente. No fundo, eu me importo demais. É simplesmente mais fácil erguer muros do que lidar com a vulnerabilidade que vem junto do cuidado.

A atenção é uma coisa complicada. Eu a anseio, sem dúvida, mas quando ela vem em minha direção, frequentemente me vejo afastando-a. É como se eu temesse o que ela pudesse revelar sobre mim, ou talvez simplesmente não estivesse acostumado a ser visto.

Já fui tanto um curador quanto uma alma ferida nos relacionamentos. Tentei consertar os outros, pensando que isso também me consertaria, apenas para acabar com meu próprio coração partido no processo.

Ouvir vem naturalmente para mim, mas compartilhar não. Sou ótimo em guardar os segredos dos outros, mas quando se trata dos meus próprios pensamentos e sentimentos, prefiro mantê-los trancados.

Então, sim, sou uma contradição ambulante. É bagunçado, é confuso, mas é real. E talvez isso esteja tudo bem. Talvez abraçar a confusão das contradições da vida seja a coisa mais honesta que podemos fazer.

Editar no GitHub
Última atualização: 8 de mai. de 2024